Durante a quarentena, foram reduzidos os atendimentos por enfarte nos hospitais do Brasil. Medo da contaminação pela Covid-19 pode ser uma das causas
Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia (SBHCI) faz um alerta sobre a redução de 70% de casos de enfarte em comparação a abril de 2019. Segundo a entidade, é possível que o medo de contaminação pela Covid-19 seja a causa de os pacientes não procurarem o atendimento médico.
Com o objetivo de conscientizar sobre a importância de procurar a ajuda da equipe de saúde, a SBHCI lançou a campanha O enfarte não respeita quarentena.
Os médicos alertam sobre os perigos que a falta de atendimento médico pode representar em casos de enfarte. Mesmo durante a pandemia, o enfarto pode ser fatal ou trazer sequelas graves caso não seja tratado.
Durante a quarentena, pacientes com doenças cardiovasculares devem redobrar a atenção e os cuidados com a saúde, o que inclui o uso dos medicamentos, alimentação equilibrada e controle do estresse. Além de manter as medidas para evitar a contaminação pela Covid-19, como o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar sair de casa, exceto para ir ao médico, farmácia e ao hospital caso seja necessário.
Caso apresente sintomas característicos do enfarte como: dor no peito que irradia para braços, ombros, pescoço, queixo e costas; mal-estar; suor; sensação de fraqueza; falta de ar; náuseas e vômitos, é importante procurar o atendimento médico imediatamente.
O medo não pode impedir o paciente de procurar ajuda. Durante a pandemia, os hospitais têm adotado protocolos de triagem para doentes com suspeita de coronavírus ou que apresentem sintomas de síndromes gripais, sem que tenham contato com os demais pacientes.
Mesmo durante a pandemia da Covid-19, o enfarte continua existindo e pode matar.
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