As arritmias cardíacas são alterações no ritmo normal do coração, que podem causar desde desconfortos leves até complicações graves, como a morte súbita. Estima-se que a arritmia cardíaca atinja milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das principais causas de morbidade cardiovascular.
Levantamentos recentes apontam que cerca de 61% dos pacientes com arritmia acabam necessitando de tratamento cirúrgico para o controle da condição, enquanto 39% são tratados com medicamentos. Esses dados mostram a importância de conhecer os sintomas, os riscos e as opções terapêuticas disponíveis.
O que são as arritmias cardíacas?
Em um coração saudável, o ritmo dos batimentos fica entre 50 e 90 por minuto. Quando há alterações nesse compasso, surgem as arritmias, que podem ser classificadas de acordo com a velocidade dos batimentos:
- Bradicardia: quando o coração bate lentamente, abaixo de 50 bpm.
- Taquicardia: quando os batimentos são acelerados, acima de 100 bpm em repouso.
As arritmias também podem ser classificadas conforme sua origem e gravidade. Enquanto algumas são benignas e pouco preocupantes, outras podem oferecer risco elevado à vida.
Tipos de arritmias
As arritmias benignas geralmente ocorrem nos átrios (câmaras superiores do coração). Apesar de provocarem alterações no ritmo cardíaco, raramente causam complicações graves.
Já as arritmias malignas afetam os ventrículos (câmaras inferiores) e podem levar a eventos fatais, como a morte súbita.
Um tipo importante de arritmia é a fibrilação atrial, que compromete tanto a frequência quanto a regularidade dos batimentos. Esta condição é responsável por aumentar significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 2 milhões de pessoas convivam com a fibrilação atrial, principalmente em razão do envelhecimento populacional.
Quais são os sintomas?
As manifestações clínicas das arritmias cardíacas podem variar bastante, desde casos assintomáticos até sintomas intensos. Entre os principais sinais, destacam-se:
- Palpitações ou sensação de batimento irregular;
- Tonturas ou escurecimento da visão;
- Desmaios;
- Palidez e sudorese;
- Mal-estar geral;
- Dores no peito;
- Falta de ar.
Em alguns casos, a arritmia pode ser silenciosa, sendo descoberta apenas em exames de rotina ou, de forma trágica, na ocorrência da morte súbita, que pode ser a primeira e única manifestação.
Diagnóstico das arritmias
O diagnóstico preciso das arritmias cardíacas requer uma avaliação médica minuciosa, associada a exames específicos, como:
- Eletrocardiograma (ECG): exame inicial para detecção de alterações no ritmo cardíaco.
- Holter 24 horas: monitoramento contínuo da atividade elétrica do coração ao longo de um dia.
- Teste ergométrico: avaliação da resposta cardíaca ao esforço.
- Estudo eletrofisiológico: exame mais avançado, que investiga a origem e a gravidade da arritmia, orientando o tratamento mais adequado.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da arritmia depende do tipo, da gravidade e das condições de saúde do paciente. As principais abordagens incluem:
- Medicamentos antiarrítmicos: utilizados para controlar a frequência e a regularidade dos batimentos cardíacos.
- Implante de marca-passo: indicado em casos de bradicardia significativa ou bloqueios elétricos.
- Ablação por radiofrequência: procedimento minimamente invasivo, realizado com cateteres que chegam ao coração através de vasos sanguíneos, eliminando os focos de arritmia sem necessidade de cirurgia aberta.
O avanço das técnicas de ablação por radiofrequência tem permitido tratar de forma definitiva muitas arritmias, reduzindo a necessidade de cirurgias mais complexas.
Arritmia cardíaca e risco de morte súbita
A morte súbita é uma das complicações mais temidas das arritmias malignas. Estatísticas indicam que mais de 95% das mortes súbitas ocorrem fora do ambiente hospitalar, sendo mais frequentes em homens após os 65 anos e ainda mais prevalentes nos portadores de doença coronariana.
A rápida intervenção é crucial: quando as manobras de ressuscitação são iniciadas entre 5 e 7 minutos após a parada cardíaca, mais de 50% dos pacientes podem ser salvos. O uso de desfibriladores automáticos, cada vez mais comuns em locais públicos, também aumenta significativamente as chances de sobrevida.
Quando se preocupar?
Deve-se procurar avaliação médica ao perceber:
- Episódios de desmaio ou tontura inexplicáveis;
- Palpitações frequentes ou intensas;
- Dor no peito ou falta de ar sem causa aparente;
- Histórico familiar de morte súbita ou arritmias graves.
Mesmo sem sintomas, pessoas com fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto ou doenças cardíacas, devem realizar check-ups periódicos.
Prevenção é fundamental
Embora algumas arritmias tenham causas genéticas ou estruturais, muitas podem ser prevenidas com hábitos saudáveis, como:
- Alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e verduras;
- Prática regular de atividade física;
- Controle do estresse;
- Evitar fumo, consumo excessivo de álcool e energéticos.
Prevenir a arritmia é a melhor forma de reduzir os riscos de complicações, como o AVC e a morte súbita.
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